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Os treinamentos tiveram assuntos práticos e renderam conhecimentos importantes para a execução de nossas atividades 

Trabalhar lidando com o patrimônio de outras pessoas requer cuidado, conduta ética e, sobretudo, informação. É por isso que a Funpresp coloca em prática diversas ações que visam prociciar o conhecimento necessário para a prevenção de práticas de corrupção, fraudes, irregularidades e desvios éticos. A Semana da Integridade, Segurança de Dados e Riscos, que ocorreu entre os dias 8 e 12 de agosto, é a materialização dessas ações.  

Aqui, você vai poder relembrar as principais dicas da Semana para poder aplicar sempre no seu dia a dia profissional e pessoal. Vamos lá?! 

Proteção de Dados 

O início dos trabalhos contou com uma palestra sobre Proteção de Dados. O especialista Fabrício Mota Alves, que é coordenador de Direito Digital, Privacidade e Proteção de Dados no Serur Advogados e membro titular do Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade (CNPD) indicado pelo Senado Federal, levantou questões importantes que estão “embutidas” nas tarefas cotidianas e que não costumamos dar a devida importância.  

Por exemplo, quem resiste a um pedido para preencher uma ficha? A maior parte dos brasileiros não vê má-fé neste pedido e atende prontamente. Porém, Mota Alves chama a atenção para o risco. “É cultural. Preenchemos e vamos despejando ali nossos dados. O resultado é que se criam serviços gratuitos a partir deles. Não há uma reflexão adequada do motivo pelo qual precisamos fornecer estas informações nem o que será feito com elas. Precisamos ser mais criteriosos com o compartilhamento destas informações”. 

E você sabe o que é engenharia social? É uma técnica usada por criminosos virtuais para induzir usuários desavisados a enviar dados confidenciais, infectar computadores ou abrir links para sites maliciosos. Muito se fala sobre as ameaças cibernéticas, que aproveitam de vulnerabilidades dos sistemas para invadir as redes e roubar dados de usuários. Porém, não são só falhas virtuais que podem causar esse tipo de problema. Erros humanos podem acontecer e comprometer informações. 

Confira as principais dicas do especialista sobre o tema:  

  • Quando for preencher um formulário, questione a necessidade e procure saber como seus dados serão tratados   
  • Esteja atento às informações que você divulga a seu respeito nas redes sociais   
  • Lembre-se: a proteção de dados pessoais é um direito fundamental e você precisar colocar esta exigência em prática

Engenharia social e segurança de senhas 

A segunda palestra da Semana foi sobre o uso de senhas e engenharia social. O palestrante Raphael Soares trouxe orientações valiosas para evitar que nossas senhas sejam roubadas. 

Se liga nas dicas: 

  • Se preocupe em ter senhas fortes. Use letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais. 
  • Tenha senhas longas, entre 8 e 30 caracteres   
  • Use palavras não comuns  
  • Evite senhas usadas anteriormente
  • Troque sua senha rotineiramente   
  • Não compartilhe informações pessoais nas redes sociais, tais como data de nascimento, time do coração ou nome de parentes    
  •  Sua senha é pessoal, não compartilhe   
  • Nunca use a mesma senha em outras contas   
  • Não se engaje com números de telefone ou e-mails desconhecidos
  • Aplique duas etapas de autenticação em aplicativos, quando possível    
  • Não clique em links ou navegue em sites cuja procedência pareça suspeita 
  • Não baixe ou abra anexos de fontes suspeitas ou desconhecidas   
  • Sempre desconfie de interações que solicitem a divulgação de dados pessoais ou confidenciais.   
  • Não confie em pedidos urgentes que envolvam dinheiro ou informações pessoais
  • Não divulgue informações pessoais sobre você ou a Fundação   
  • Proteja os dispositivos móveis e máquinas, tanto do trabalho quanto pessoais, além de manter as atualizações em dias   

Segurança no uso de dispositivos 

Soares também ministrou palestra sobre segurança no uso de dispositivos móveis, malwares e phishing. Em tempos de trabalho remoto, quem não usa o celular para fazer uma ou outra coisa do trabalho? O conteúdo acessado e armazenado no dispositivo móvel contém informações corporativas importantes. Então, o cuidado precisa redobrado com roubo de dados e phishing, crime que consiste em enganar as pessoas para que compartilhem informações confidenciais como senhas e outros dados.  

Agora, pega aí as dicas para ter uma navegação mais segura:    

  • Instale apenas anti-vírus e softwares acessórios para o seu trabalho aprovados pela Fundação  
  • Se estiver instalando o antivírus pela primeira vez, faça um escaneamento completo do computador   
  • Se você precisar acessar a rede da Funpresp, utilize métodos seguros de acesso aprovados, como VPNs (Virtual Private Network)   
  • É recomendado que se trabalhe em um cômodo isolado
  • Conscientize as pessoas a seu redor. Fale da importância de observar as regras do trabalho e deixe claro que os equipamentos e documentos são da Fundação e não devem ser mexidos   
  • Salve documentos e informações apenas nos diretórios da Fundação, para que seja possível realizar back-up regularmente do conteúdo dos dispositivos (computadores, telefones e tablets). Se um dispositivo for perdido ou roubado você ficará tranquilo sabendo que seus dados valiosos estão seguros e que podem ser restaurados   
  • Mantenha práticas seguras no local do trabalho remoto, não expondo documentos ou anotações e bloqueando o computador sempre que se ausentar 
  • Atenção acima de tudo – sempre observar os remetentes dos e-mails. Não clicar em qualquer link, fazer downloads apenas de fontes confiáveis e usar sempre softwares licenciados e autorizados pela área de tecnologia da Fundação   

Ética e Integridade 

Outra palestra que fez parte da Semana da Integridade, Segurança de Dados e Riscos foi sobre Ética e Integridade, ministrada por Massamitsu Alberto Iko – Gerente de Ética e Compliance da Bunge Alimentos na América do Sul. E, se tratando desse assunto, surgem situações de trabalho em que, às vezes, nos perguntamos: qual é a maneira ideal de proceder? A pergunta parece abstrata, mas, na prática, a resposta não é muito complexa. Basta refletir sobre os seguintes pontos tratados durante a palestra:  

  • “Está de acordo com o Código de Ética e de Conduta, Políticas e Procedimentos?” 
  • “Traz benefícios para a organização e demais entes relacionados?” 
  • “A decisão está alinhada à cultura e aos valores da Funpresp?” 
  • “Eu ficaria confortável se minha decisão fosse publicamente divulgada, inclusive para família e amigos?”  

Sobre esse tema, seguem algumas dicas de Massamitsu Iko: 

  • Assuma seus erros. Se errou, monte um plano e resolva  
  • Entenda quem errou   
  • Analise o porquê do erro e o que pode ser feito para corrigir
  • Seja transparente   
  •  Seja um embaixador da honestidade: não permita atitudes desonestas 

Além da postura ética esperada de cada profissional que compõe a Fundação, contamos com um Plano de Integridade, que tem entre seus objetivos a disseminação da cultura de integridade.  Além disso, ele tem o intuito de reduzir riscos de violações e má conduta, avaliar e monitorar riscos para a integridade dentro da organização e dar suporte às áreas de negócios nas tomadas de decisão.  

Gerindo riscos 

Sobre Gestão de Riscos, quem ministrou a palestra foi o chefe da assessoria especial de Controle Interno no Ministério da Economia e auditor na Controladoria-Geral da União (CGU), Francisco Bessa. Para ele, a Fundação desempenha um trabalho ligado ao assunto por natureza. “Risco já um assunto afeto à Funpresp quando a gente pensa na gestão do patrimônio. Sabe-se do esforço de todos vocês para fazer face às obrigações que estão contratadas pelos participantes. E este patrimônio está distribuído entre diferentes alternativas de investimentos na busca pela rentabilização. E o outro lado da moeda dessa busca é o risco”, explicou.  

Ele desenvolveu uma reflexão sobre Gestão de Riscos a partir de elementos de apoio que são a governança, riscos e integridade. “Gestão de risco é um elemento fundante da boa governança. E risco é o efeito da incerteza nos objetivos”, esclareceu. 

Bessa também explanou sobre como o controle interno possibilita a mitigação de riscos, bem como sobre o papel da cultura da integridade. “A cultura organizacional da integridade é construída por todos. O “tom” que deve ser adotado vem do topo, mas o que traz a concretização é a construção coletiva ancorada na cultura organizacional compartilhada”. 

Ufa! Bastante informação, não é mesmo? Se você quiser rever alguma das palestras, elas estão disponíveis na intranet.