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Na teoria, é fácil controlar as próprias finanças: basta não gastar mais do que se ganha. Porém, na prática, é mais complicado, pois podem surgir imprevistos ou gastos sazonais que nem sempre são lembrados, o que pode resultar em dívidas ou no aumento do comprometimento da renda. Quando passamos a monitorar nossos compromissos financeiros e a organizar nossos gastos, fica mais fácil ter controle sobre o próprio dinheiro e a realizar projetos e sonhos.

Para se organizar, antes de tudo, é preciso entender o que são despesas fixas e variáveis. As despesas fixas, são aquelas que não variam ou variam muito pouco, como, por exemplo, o aluguel e a prestação de um financiamento. As despesas variáveis, por sua vez, são aquelas cujos valores variam de um mês para o outro, como a conta de luz ou de água, que variam conforme o consumo. Todo mês, uma parcela do seu orçamento já está direcionada para essas obrigações assumidas anteriormente, sejam fixas ou variáveis.

Como via de regra, as instituições financeiras adotam como parâmetro o comprometimento de renda mensal máximo de 30%, conforme informação do Banco Central do Brasil. Ou seja, para conceder empréstimos, por exemplo, essas instituições avaliam se a renda do cliente é suficiente para pagar as prestações mensais, levando em conta todas as despesas previamente assumidas e as despesas necessárias a suprir o seu mínimo existencial.

A porcentagem de 30% de comprometimento de renda mensal deve ser considerada intransponível e, para muitos especialistas, o ideal é que não alcance a máxima e fique abaixo de 20%. O aluguel ou financiamento de um imóvel, por exemplo, devem estar dentro dos 30% do total da renda familiar. Somados a outras despesas fixas, como água, luz e telefone, o valor não deve ultrapassar os 50% da renda. Outras partes devem ser direcionadas para uma reserva financeira (ao menos 15%) e o restante para outros gastos variáveis, que vão de acordo com o estilo de vida pessoal (em torno de 35%).

Para não ultrapassar o seu limite de comprometimento de renda mensal, é recomendável traçar um orçamento financeiro pessoal ou familiar para que você conheça, administre e equilibre suas receitas e despesas, defina as prioridades que impactam sua vida pessoal e planeje o seu futuro. O cálculo equivocado das contas no orçamento pode ocasionar dívidas e um consequente desequilíbrio financeiro.

A elaboração do seu orçamento financeiro pessoal ou familiar vai ajudá-lo a:

• conhecer a sua realidade financeira;

• escolher os seus projetos;

• fazer o seu planejamento financeiro;

• definir suas prioridades;

• identificar e entender seus hábitos de consumo;

• organizar sua vida financeira e patrimonial;

• administrar imprevistos.

Elaboração do orçamento

Um importante princípio a ser seguido na elaboração do orçamento é que as despesas, tanto fixas quanto variáveis, não devem ser superiores às receitas. Mais do que isso, é prudente que as receitas superem as despesas, para que você possa formar uma poupança, investindo seu superávit financeiro de modo a ter recursos suficientes para eventuais emergências, realizar sonhos e também preparar a sua aposentadoria, como, por exemplo, realizando uma contribuição facultativa à sua reserva na Funpresp.

Ao fazer uma nova despesa fixa, por exemplo, um financiamento imobiliário, tome cuidado para não comprometer o seu salário futuro e lembre de incluir o valor do investimento na porcentagem das despesas fixas mensais.

Para conferir o passo-a-passo para elaborar um orçamento e outras informações, acesse o Caderno de Educação Financeira – Gestão de Finanças Pessoais do Banco Central do Brasil, um dos nossos patrocinadores.