funpresp

Discussão é o ponto de partida para a elaboração da política de investimentos dos planos de benefícios da Funpresp

A Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp) realizou na quarta-feira, 10, a mesa redonda “Cenários Econômicos e Perspectivas de Investimentos para 2019”. O objetivo do evento foi debater, com profissionais especializados do mercado e da própria Funpresp, diversos aspectos que deverão influenciar o comportamento do mercado financeiro no próximo ano e orientar as políticas de investimentos dos planos administrados pela Funpresp para os anos de 2019 a 2023. A mesa-redonda teve participação de representantes de cinco instituições financeiras atualmente gestoras de parcela dos recursos garantidores dos planos.

“Esse encontro de especialistas é o ponto de partida para as revisões anuais das políticas de investimentos dos planos de benefícios e de gestão administrativa da Entidade. Convidamos os nossos gestores e representantes de outras entidades para que apresentem suas opiniões de forma independente e nos auxiliem no processo de revisão e planejamento das referidas políticas.”, explica o diretor de Investimentos da Funpresp, Tiago Dahdah. A Funpresp deve adotar para o planejamento das políticas de investimentos dos planos administrados um horizonte mínimo de cinco anos, com revisões anuais.

A discussão abordou o setor externo, atividade/inflação, política monetária, política fiscal e fluxos e prêmios de risco. “O intuito foi buscar visões diferentes para assim termos subsídios e a partir disso elaborar a política de investimentos dos planos administrados pela Funpresp, que estará vigente entre 2019 e 2023”.

Rodrigo Abreu, representante da Caixa Econômica Federal, diz que o momento fiscal do país é extremamente complicado e falou sobre como esse momento e a troca de governo podem impactar os fundos de pensão. “Com a mudança de governo, coisas importantes que impactam os fundos de pensão podem mudar, como a legislação, um maior incentivo para que o setor público venha a ter planos de complementação de benefícios, ajudando eventualmente na melhora dos resultados. A necessidade do ajuste estrutural pode desencadear necessidades de ajustes nos planos de previdência e pensão de maneira generalizada”, disse.

Marcelo Gutterman, da Western Asset Management, fala que ainda é cedo para prever um cenário econômico para o próximo ano, tendo em vista que ainda não há definição política. “Como estará o cenário econômico do Brasil ano que vem ainda é uma página em branco. A reforma da previdência deve ser imediata, o mercado não vai tolerar um adiamento da resposta a essa questão, e isso pode refletir negativamente nos preços dos ativos” destacou.

Devido ao pleito eleitoral e à dicotomia dos planos para a economia brasileira apresentadas pelos dois candidatos à presidência da República, o debate sobre os potenciais impactos econômicos e financeiros sobre as políticas de investimentos atualmente vigentes iniciou mais tarde. “Em anos eleitorais, como o atual, existem uma maior incerteza quanto à dinâmica dos preços dos ativos, mas isso não muda a nossa percepção sobre o desempenho positivo da economia brasileira no longo prazo”, afirma o diretor de Investimentos.