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Cláudio-Queiroz (1)

Brasília, 16/06/2016 – Após palestra ministrada no dia 09/06, no auditório da Funpresp-Exe, o especialista em administração Cláudio Queiroz detalhou o tema “A Arte de Liderar Pessoas”. Em entrevista à Entidade, ele falou sobre o perfil e as características de um gestor competente. Palestrante do mês de junho no Café Funpresp – Ciclo de Palestras, Cláudio Queiroz é graduado em Administração de Empresas, pós-graduado em Recursos Humanos, pela PUC/RJ, pós-graduado em Marketing, pela Escola Superior de Propaganda e Marketing/SP e mestre em administração, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie/SP. O especialista que também é escritor, consultor empresarial e professor em diversas instituições.


Como um gestor pode contribuir para o desenvolvimento de uma equipe? A primeira coisa é o gestor identificar o que é uma equipe. Uma equipe tem características e algumas delas são o objetivo comum, respeito às diferenças, cooperação e confiança. É papel da liderança criar as condições adequadas para que isso se manifeste no dia a dia. Trabalhar em equipe, hoje, é fator fundamental para a construção de equipes de alta performance. Consequentemente, isso facilita alcançar resultados extraordinários.

Quais características esse líder deve ter para ser um gestor competente? A primeira coisa que precisamos entender é que se a liderança atuar no respeito e na transparência, ela dá conta de encontrar todas as necessidades e todos os caminhos para ser um líder de alta performance. Precisamos definir quem e depois onde. Então, temos que selecionar bem as pessoas que estão ao nosso redor. Temos que enfrentar a verdade nua e crua e também é importante oferecermos feedbacks com frequência para as nossas equipes, atuando com um modelo de um líder assertivo, nem agressivo, nem passivo. O líder deve ser, acima de tudo, um visionário.

De que forma a inteligência emocional pode influenciar positivamente e negativamente no trabalho de um gestor? A inteligência emocional, identificada pelo psicólogo americano Daniel Goleman, tem algumas etapas. A primeira é o autoconhecimento, mas é preciso gerenciar as emoções e, a partir daí, criar uma conexão com as pessoas que estão ao redor. Eu acredito que um líder que é ou está exercendo sua liderança, com inteligência emocional, facilita o engajamento da sua equipe. É fundamental termos uma equipe com elevado nível de engajamento. Os líderes que não tem a sua inteligência emocional desenvolvida, ou que estão abaixo do necessário, efetivamente, afastam da organização, talentos, e a possibilidade das pessoas entregarem o seu melhor todos os dias.

O senhor citou três tipos de gestão. Como você avalia o universo corporativo brasileiro atual? Na minha palestra, eu tive a oportunidade de falar nos três modelos: o centralizado, que a pessoa direciona o que, como e aonde para toda a equipe. O descentralizado, aonde existem lideranças subordinadas ao grande gestor. O terceiro são as equipes em rede. Infelizmente, no Brasil ainda temos um percentual elevado de lideranças centralizadoras. Em um segundo nível nós já temos muitas empresas onde a gestão descentralizada acontece. Eu acredito que no Brasil nós estamos vivendo um momento no qual temos pessoas nos três níveis, mas o mais frequente ainda é o modelo centralizado.