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Brasília, 14/06/2017 – Com o período de migração do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) para o Regime de Previdência Complementar (RPC) aberto até 28 de julho de 2018, o procurador federal e consultor jurídico do Ministério do Planejamento, Walter Baere, viu a oportunidade de repensar seu futuro.

Ingresso no serviço público antes de 4 de fevereiro de 2013, o funcionário de carreira da Advocacia Geral da União (AGU) avaliou as vantagens do RPC, como a contrapartida da União que dobra o valor da contribuição, e decidiu fazer a migração em março deste ano. “As pessoas que migrarem agora vão encontrar um fundo saudável mais na frente. Essa projeção me ajudou a tomar a decisão”, afirmou em entrevista à Funpresp.

Assista aqui o vídeo que traz informações sobre a migração

Quando você migrou para o Regime de Previdência Complementar e quais motivos te levaram a migrar?
Eu migrei para o RPC em março de 2017. Fiz essa opção primeiro porque o Brasil passa por uma questão previdenciária que não vai ter uma solução a curto prazo. Em segundo lugar, é uma ótima alternativa para quem não é tão antigo na carreira. O meu concurso na Advocacia Geral da União é de 2007. Quem tem muitos anos pela frente ainda no serviço público com certeza vai ver o Regime Próprio de Previdência Social muito modificado, em razão da impossibilidade da União cobrir o seu próprio déficit. Para mim, faz todo sentido migrar para um regime de capitalização, tendo em vista que a gente contribui 11% até o teto do RGPS e até 8,5% em cima daquele valor que ultrapassar o teto.

Quais outras análises você levou em consideração para tomar essa decisão?
A tabela regressiva do Imposto de Renda. Quem se aposenta no RPPS, como regime progressivo de tributação, paga 27,5%. Já eu que optei pelo regressivo, vou pagar 10% quando me aposentar. Só essa diferença percentual de incidência na tabela do Imposto de Renda já cobre eventual perda de rentabilidade ao longo do tempo por alguma contingência de instabilidade econômica, embora eu não acredite que isso vai acontecer.

Estamos falando de um fundo novo. As pessoas que entrarem agora vão ser as primeiras para se aposentar, então vão ter um fundo saudável. É uma projeção que eu faço e que me ajudou a tomar essa decisão.

Além disso, para quem já era servidor público, como é o meu caso, você tem o Benefício Especial. Ele é atualizado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). É uma vantagem muito grande você estar blindado contra eventuais flutuações econômicas ao longo do tempo.

Por que aderir à Funpresp e quais os benefícios?
Muita gente deve se perguntar se é melhor simplesmente contratar uma previdência privada em um banco. Na minha opinião, seria uma decisão economicamente sem sentido, tendo em vista que, a cada real que eu contribuo, a União complementa com a mesma quantia como patrocinadora. Desse modo, eu tenho um rendimento imediato de 100% a cada mês. É uma matemática incomparável. Essa, sem dúvidas, é uma vantagem que não se encontra numa previdência privada.

Todas as simulações me mostraram que a adesão ao regime seria vantajosa. Quanto maior é o seu horizonte de permanência no serviço público, mais vantajosa é a adesão à Funpresp