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Analista do Banco Central avalia migração do RPPS para o RPC como melhor opção

Brasília, 12/09/2016 – Analista do Banco Central do Brasil desde 2008, Flavio Girão Guimarães optou por migrar do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) para o Regime de Previdência Complementar (RPC), em 2015, quando aderiu à Funpresp. A Lei nº13.328, de 29 de julho de 2016, reabriu até 2018 o prazo para migração. Da primeira vez em que o prazo foi aberto, de 2013 a 2015, 74 servidores migraram de regime.Cedido do Banco Central, o servidor trabalha atualmente na Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Em entrevista ao Informativo do Participante, Girão esclarece os motivos que o levaram a decisão pela migração.

Quando você realizou sua migração do regime RPPS para o RPC e quais motivos te levaram a tomar essa decisão?

A minha migração ao Regime de Previdência Complementar e a adesão à Funpresp se deu em fevereiro de 2015. Entendo que o regime RPC é mais perene e tem regras mais estáveis. Na previdência complementar, temos um regime de capitalização onde eu, participante controlo quando vou me aposentar. Ao controlar quando eu vou me aposentar, aumento um pouco a minha reserva e diminuo um pouco meu tempo de sobrevida. Essas características acabam não se aplicando no Regime de Previdência Social, seja o Regime Geral ou o Regime Próprio, onde há regras estanques e definidas. Assim, a depender de como evolui essa massa de participantes, acaba havendo a necessidade de reformar esse sistema.

Quais outras análises você levou em consideração nessa decisão?

Vivemos em uma sociedade onde há um declínio abrupto da taxa de natalidade. Então em um sistema mutualista de previdência social teremos um volume maior de aposentados sendo puxado por um volume cada vez menor de trabalhadores/servidores na ativa. Então, isso faz com que a previdência social tenha regras mais fechadas para que o sistema não entre em colapso. Enquanto na previdência complementar todo o esforço passa a ser muito mais individual. Eu defino o quanto quero reservar do meu salário mês a mês para que vá para a Fundação.

E porque aderir à Funpresp?

A pergunta é: porque não aderir à Funpresp? Eu tenho um plano de previdência instituído pelo Estado que me garante uma contrapartida de um real para cada um real que eu deposito. Então até eu custo a pensar porque que alguém não aderiria a Funpresp. Sinceramente, me foge um pouco até saber porque alguém não o faria. Acho que esse servidor está perdendo tempo e, provavelmente, se um dia vier a se arrepender, poderá se arrepender às portas da aposentadoria. No regime de previdência complementar, a chave para o sucesso não é só a contribuição mensal, mas também o tempo de contribuição que vai fazer com que o participante tenha uma boa reserva para sua poupança previdenciária.