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Brasília, 25/07/2014 – Nelson Barbosa, ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda e professor da FGV, esteve na tarde desta sexta-feira, (25), na sede da Funpresp. Em uma mesa redonda com gestores da Fundação, da Funcef, da Funpresp-Jud, ele abordou a conjuntura econômica do Brasil e a economia externa para os próximos anos na perspectiva da alocação dos portfólios de investimentos.
Segundo Barbosa, a economia brasileira encontra-se em um momento de definição frente às eleições deste ano. “A política econômica no curto prazo dependerá fortemente do resultado do pleito eleitoral de outubro”. Em todo caso, afirma ele, “o cenário deve se apresentar com a necessidade de um ajuste econômico, que já está em curso por meio da liberação dos preços ligados ao fornecimento de energia elétrica”.
Por se tratar de um momento de incerteza, a sugestão do professor é a manutenção dos recursos financeiros em ativos de altíssima liquidez, “o que garantirá maior proteção em momentos de alta volatilidade, como é esperado para os meses seguintes ao resultado das eleições”.
Em relação ao cenário externo, o ex-secretário do Ministério da Fazendo afirma que a recuperação da economia americana ainda deve dar maiores sinais de pujança, sendo menor, portanto, a probabilidade de elevação precoce da taxa de juros. “Os dados do mercado de trabalho e do mercado imobiliário, apesar de positivos, apresentam ritmo lento de melhora, o que sugere cautela e gradualismo na condução da política monetária”, destaca.
Barbosa ainda lembrou que a Europa flerta com o risco da deflação. “Vão manter os juros baixos por mais tempo, garantindo liquidez”. Já em relação à China, ele acredita que deverá apresentar crescimento progressivamente menor, porém ainda acima da média mundial.
Durante sua apresentação de cerca de uma hora, ele ainda abordou sobre a inflação, o risco de racionamento de água e energia, questões tributárias, sobre a taxa de juros e desemprego, que para ele deverá se manter estáveis, com pequeno aumento. Com uma visão otimista, ele previu o ano de 2015 de ajuste e recuperação.